Sobre nós
Acreditamos na potência da Cultura e da Criatividade para o desenvolvimento econômico.
Como nasceu a Cultura, Presente!
Comecei a minha trajetória nas áreas de Comunicação e Marketing em instituições financeiras e agência de publicidade, e pude vivenciar como as áreas de patrocínios funcionam na prática. Em 2010 passei a assessorar Organizações da Sociedade Civil, equipamentos, artistas e centros de cultura no desenvolvimento de projetos e produtos para a diversificação e mobilização de recursos.
Nessa jornada, aprovei mais de R$ 42 milhões por meio de Leis de Incentivo à Cultura para projetos entre R$ 30 mil e R$ 5 milhões. Captei patrocínios incentivados e de marketing, fui contemplada em editais nacionais e internacionais e desenvolvi produtos criativos. Produzi o Festival Interarte (2021) e o Curso Gestão Cultural Revelada na Prática (2024), ambos contemplados em editais de Leis Emergenciais, e fui correalizadora do Mapeamento da Economia Criativa da Cuesta Paulista. Além disso, tive o prazer de trabalhar com profissionais e instituições incríveis e incentivar artistas a voarem alto, conquistarem o mundo!
Logo após a pandemia de Covid 19, criei a Cultura, Presente com objetivo de conectar profissionais da Cultura e Economia Criativa a oportunidades no mercado. Meu propósito é contribuir para que trabalhador(as) e profissionais tenham autonomia para transformar criatividade em trabalho, buscar patrocínios, alavancar negócios e outras alternativas sustentáveis para viverem, exclusivamente, da sua arte e vocação.
Conheça a nossa história
Por Luanda Bonadio
Onde tudo começou
Foi na oficina “Como organizar ideias em projetos” que falei pela primeira vez sobre sonhos. O objetivo era falar sobre criatividade, ideias e aquela inspiração que vai embora com a correria do dia a dia.
O primeiro comentário da turma foi: “sonho é coisa grande, está muito longe, não dá para realizar”. Vindo de um jovem de não mais que 20 anos, isso me tocou profundamente. Notei que ter liberdade e motivação para pensar em sonhos gera desconforto. Para completar, outro comentário marcante: “nunca falaram para eu sonhar e, por isso, nem penso nisso”. Foi como um tapa na cara! Cheguei à conclusão de que se continuarmos bloqueando os sonhos das pessoas, principalmente dos jovens, qual futuro teremos? Como seria um mundo sem sonhos?
De acordo com o relatório do “Education at a Glance (EaG)” de 2022, um estudo internacional coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o segundo país na esfera da OCDE com a maior proporção de jovens de idade entre 18 e 24 anos que nem conseguem um emprego e nem continuam os estudos — os chamados “nem-nem”. Nessa faixa etária, 36% da população de jovens brasileiros está sem ocupação e, o pior, desmotivados.
Sobre talentos e profissões
Fui uma criança muito imaginativa e criativa. Gostava de inventar histórias. Porém, sou de uma geração criada para “ter uma profissão que desse futuro” e o paradigma, na época, era que ser artista não era profissão. Por isso, não dei a mínima atenção aos meus talentos. Fui estudar para conseguir um emprego que me desse “segurança”. Estudei Administração e trabalhei em renomadas empresas nas áreas de Comunicação e Marketing.
Como nada é por acaso, a vida se encarrega de nos guiar por caminhos que se encontram com o destino. Durante todos esses anos, sempre me deparei com situações em que tive que abusar da criatividade e das ideias. Nas empresas em que trabalhei, gostava de criar projetos que envolvessem cultura, linguagens artísticas na comunicação, e produção de eventos. Quando eu menos esperava, pessoas começaram a me procurar para ajudá-las a estruturar ideias e a escrever projetos. E, assim, decidi transformar a criatividade e o talento na realização daquele sonho antigo, que mudou de rumo, mas que ainda estava latente em mim.
Montei a Giallo MKT, Cultura e Atitude +, e mudei o meu setor de atuação para as áreas Cultural e Social. Nos últimos 13 anos, tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com pessoas de diferentes linguagens artísticas, áreas de atuação e perfis profissionais. Artistas, produtores, agentes, educadores, empreendedoras(es), enfim, profissionais que fazem dos seus talentos, saberes, conhecimentos, técnicas e criatividade a sua profissão e trabalho.
Para se ter uma ideia da potência desse mercado, o Sistema de Indicadores Culturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o setor Cultural ocupava, em 2020, 4,8 milhões de pessoas.
Cultura, Presente!
Os últimos anos foram um período de aprendizados e muita resiliência para quem trabalha nos setores cultural, artístico e criativo, pois, além do desmonte das Políticas Públicas, vivenciamos ataques, desqualificação e desrespeito profissional. Fomos impactados pela pandemia de Covid-19, fato que agravou ainda mais a situação por conta do confinamento, cancelamento das atividades e fechamento dos espaços culturais.
Sobrevivemos e nos alimentamos de arte, tão bem representados nos versos interpretados por Maria Bethânia na obra “Carta de Amor”: “Sou como a haste fina, que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta”. *
É nesse contexto que nasceu a “Cultura, Presente!”, uma plataforma para artistas, produtores, técnicos, trabalhadoras e trabalhadores, enfim, para que todos os profissionais que atuam no setor possam enxergar o quanto representam a potência criativa, produtiva e econômica. O quão podem se organizar e trazer desenvolvimento, gerar emprego e impactar cidades, regiões, romper fronteiras. É o (re)conhecimento de profissões que andavam com baixa autoestima, mas que podem ser oportunidades, principalmente, para a juventude.
Esse é o propósito: um espaço de integração para fortalecer a Cultura como pilar de desenvolvimento econômico e social, e incentivar pessoas a acreditarem na Criatividade como um caminho para a prosperidade.
Tempos de conexão, interação e muito trabalho. Cultura, Presente!
*Composição de Maria Bethânia e Paulo Cesar Francisco Pinheiro.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como direcionadores
Acreditamos no papel transversal da Cultura para o desenvolvimento e o cumprimento de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e a sua importância para a preservação do patrimônio – cultural e natural – e para a valorização da identidade, da memória e das manifestações tradicionais brasileiras. Nos dedicamos a cumprir as metas dos ODS: 5 (Igualdade de Gênero), 8 (Trabalho Descente e Crescimento Econômico), 10 (Redução das Desigualdades) e 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).